Pieces * Mar de rosas

   Já não escrevo há muito tempo e este blog tem se tornado muito fútil.
Fútil de mais para um blog só.
Sinto falta de deitar tudo cá para fora. Sinto-me desconfortável.
Preciso de desabafar.

   Esta semana foi um misto de coisas boas e de coisas más. Hoje terminou o ciclo. Eu digo que termina aqui o ciclo. Tinha prometido que agora eram só coisas com arestas na minha vida. Nada de círculos, corações, borboletas e buracos. Mas lá fui eu quebrar promessas. Há qualquer coisa que me tem bloqueado. Não consigo bem perceber o quê. Como se me amarrasse com cordas e correntes invisíveis. O problema é que eu já escolhi o meu caminho e, mais cedo ou mais tarde, vou conseguir soltar-me. Ainda não percebeu que não há mais nada que me possa fazer para magoar ou impedir.
   Sempre disse que na vida se fazem escolhas, mesmo aquelas que se escolhem não fazer. Sempre disse que amar não significa perder-se ou subjugar-se. Sempre disse que consigo tudo o que quero, pois o que quero depende de mim. Para mais, não tenho poderes. Não adivinho, não leio mentes nem astros. Sempre disse que vivo com a minha consciência e com a minha culpa. O arrependimento mora onde existe dúvida. Ele decidiu mudar-se para outras bandas. Não mora mais cá. Sempre disse que existem momentos em que me questiono sobre quase tudo. Nesses momentos respiro fundo, sorrio e penso em tudo o que me faz continuar nesta luta.
   As decepções já não me surpreendem. É habitual que na minha vida nada seja como parece. Vivo a vida à espera da próxima "pseudo-surpresa". Numa altura como esta, onde não reconhecem o meu esforço em tantos factores da minha vida, percebo que não estou aqui para provar nada, estou aqui para vencer.



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