Pieces * O escrever
Quando comecei a escrever, há muito tempo atrás, prometi que seria fiel a mim mesma, a tudo o que acreditava e a tudo o que sentia. Sempre o fiz. E nunca existiram motivos para o deixar de fazer. Entre linhas ou estampado para todos verem, nunca escondi o que me ia na alma e por vezes no coração. Mostrei o meu mundo e as suas cores, os piores momentos, os melhores momentos e os momentos. Gosto de ser realista, porque nem tudo na vida é bom, mas nem tudo é mau. As coisas têm muitos lados, muitas versões e milhões de palavras na sua definição. Para mim falar de uma experiência, uma situação ou um sentimento abertamente e sem medos, faz com que me sinta melhor, ou ainda melhor, e com esperança de ajudar alguém. Só quem escreve conhece os benefícios desta arte das palavras. O transformar do que se passa à nossa volta e dentro de nós em textos, permite que vejas as coisas por outra perspectiva. Pode apenas ajudar momentaneamente ou a longo prazo, mas a verdade é que nunca senti que prejudicasse. Não tenho receio de quem possa ler, comentar ou criticar, porque em primeiro lugar escrevo para mim. Porque em primeiro lugar ajudo-me a mim. Saber que se identificam, que gostam e que concordam com o que escrevo é tudo um bónus. E aquela vontade incontrolável de escrever sobre a vida, sobre as pessoas, sobre a incertezas que de uma maneira ou de outra habitam a cabeça de toda a gente, fez com que tudo me despertasse ainda mais interesse e curiosidade. Gosto de pensar que partilho aqui parte da minha alma e parte dos meus conhecimentos sobre tudo e sobre nada.