Pieces * Flaws


Há uns tempos li um estado da Blaya dos Buraka Som Sistema, que com uma linguagem acessível e sem grandes rodeios, falava de uma das suas maiores inseguranças: o tamanho dos seus seios. A verdade nas palavras escolhidas inspirou-me para escrever algo sobre isso. Identifiquei-me com o que ela escreveu, porque também é algo, não que me incomode, mas que me "bloqueia", como ela diz. A partir do momento em que começamos ter consciência do nosso corpo, sabemos apontar-lhe os seus defeitos mais do que as suas qualidades. Eu sempre me senti insegura com esse aspecto do meu corpo. Com a idade fui percebendo que temos de nos aceitar como somos, para que os outros o façam. E não vivo obcecada com isso, nem faria tudo para mudá-lo. Admito que gostava de "as" ter um bocadinho maiores, mas é algo que já aceitei. Lembro-me de frequentar o 9º ano e sentir-me um bocadinho revoltada por muitas das minhas amigas já "as" terem e eu não. Não que "as" tenha em grande volume neste momento, mas como disse, aceito-me como sou e sinto-me bem. Nos meus 24 anos, sou uma pessoa de bem com o meu corpo. Existem dias em que me sinto melhor, outros em que me sinto pior, mas isso é defeito do sexo feminino e não só meu. A mais pequena coisa ou o mais pequeno pormenor, afecta a nossa auto-estima, por muito alta que ela até seja ou aparente ser. Nós, mulheres, procuramos a perfeição em quase tudo o que fazemos ou somos. Procuramos não encontrar nada de errado. Mas isso somos nós. Na nossa inocência. Como se, a qualquer momento, alguém nos fosse analisar ao microscópio. Quem nos observa, fá-lo a olho nu e muitas das nossas falhas passam-lhes mesmo ao lado. Por isso, aceitem-se e apreciem-se.

Ele faz me sentir bem... E na verdade quando ele te diz que gosta do teu peito assim como é! Pequeno grande médio sem nada ou com muito...ELE TA TE A DIZER A VERDADE...
 Blaya

Photo by Ricardo Ferreira


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